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Fenícios
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Um dos maiores enigmas da antiguidade, os fenícios sempre foram celebrados como habilidosos escribas que legaram ao Ocidente o moderno alfabeto, assim como os exímios navegadores que, tendo inventado a vela nos barcos, redefiniram os limites do mundo antigo. Além disso, foram os habilidosos artesãos cujas criações foram exaltadas até mesmo pelo poeta grego Homero, ao narrar o momento em que Aquiles recebe uma tigela de prata confeccionada pelos habitantes da cidade fenícia de Sidon, nos funerais de Patroclus.

Contudo, quem eram os fenícios, de fato? Além de suas raízes semitas, sua identidade étnica se mantém um mistério. O termo moderno Fenício é de origem grega, e deriva da palavra phoinikes, cujo significado refere-se à cor vermelho-púrpura associada ao tecido de cor púrpura confeccionado por esse povo. No entanto, a forma como eles próprios se denominavam ainda é desconhecida, sendo o termo Cananita o considerado mais plausível entre os estudiosos.

A questão a respeito da identidade étnica nos faz refletir sobre outra questão bastante relevante: teriam eles uma identidade nacional que uniria as suas cidades, formando um estado fenício coeso? Tiro, Biblos, Sidon e Arvad eram cidades muradas independentes, que raramente trabalhavam conjuntamente, salvo raras exceções. O Velho Testamento, ao se referir aos habitantes de tais cidades, não faz uma alusão à formação de tal estado. Assim, diferente dos vizinhos sírios ou palestinos, os fenícios podem ser considerados mais uma confederação de mercadores do que um país definido por limites territoriais. É possível afirmar, portanto, que o comércio marítimo, e não o território, seria o fator de coesão capaz de defini-los.

Os fenícios podem ser considerados membros uma civilização perdida. Suas histórias, mitologias, possivelmente gravadas em papiros, desapareceram por causa da intervenção humana assim como de condições ambientais desfavoráveis para armazenamento. Assim, as fontes utilizadas na elaboração de uma história fenícia são basicamente:

a – a Bíblia, mais especificamente o Antigo Testamento;
b – os anais assírios;
c – os autores gregos e latinos, como o já citado Homero, por exemplo;
d – e as evidências arqueológicas.

O recorte temporal utilizado para a produção deste texto vai da Alta Idade do Bronze, por volta de 1200 a.C., até a chegada de Alexandre, o Grande às terras fenícias, em 333 a.C.

Bibliografia [+]

HARDEN, Donald. Os Fenícios. Editorial Verbo. Lisboa. 1971
MARKOE, Glenn E.
Phoenicians. British Museum Press. Londres: 2000
WAGNER, Carlos G.
Los Fenícios. Akal Ediciones. Madri: 1989
LARA PEINADO, Frederico. Así vivian los Fenícios. Anaya. Madri: 1990
VÁRIOS AUTORES.
Phoenicians. Bompiani. Milão: 1988
Quem foram os fenícios? Artigo publicado na Revista National Geographic. Outubro de 2004

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